Em declarações aos jornalistas, José Maria Neves disse que na reunião, que classificou de “muito produtiva e com uma forte participação de todos os conselheiros'', o órgão sugeriu o reforço dos meios que são disponibilizados à Guarda Costeira.
“Globalmente também discutimos toda a problemática da Guarda Costeira enquanto nervura central das Forças Armadas e aquisição de meios e equipamentos para que, dentro de uma estratégia de modernização, se possa conseguir melhores resultados neste domínio”, aponta.
Questionado se ficou decidido uma verba específica para os investimentos referidos, o chefe de Estado diz que “são aspectos mais operativos que o Ministério da Defesa Nacional e o Governo trabalharão e anunciarão a seu tempo”.
José Maria Neves refere que também se discutiu “a diplomacia sanitária”, porque sendo Cabo Verde um país insular a pandemia da COVID-19 apresentou-se como um enorme desafio.
“Tivemos um relativo sucesso. Agora temos que trabalhar para transformar os desafios com que fomos confrontados em novas oportunidades para mobilizarmos parcerias, competências, capacidades para, através da diplomacia sanitária darmos um salto neste domínio e podermos fazer face a novos desafios ou a novas pandemias. Também acelerar o ritmo de crescimento da nossa economia, da competitividade e de nos tornarmos mais resilientes a essas ameaças”, diz.
A oitava reunião do conselho decorreu no Palácio do Povo, em São Vicente, e contou com a presença do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e membros do Governo titulares das pastas dos Negócios Estrangeiros, da Defesa Nacional, da Administração Interna, entre outros, como o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
O Conselho Superior da Defesa é, à luz da Constituição da República, o órgão específico de consulta em matéria de defesa nacional e Forças Armadas.
A realização do Conselho Superior da Defesa Nacional enquadra-se na iniciativa “Presidência na Ilha” que promove a descentralização das actividades do Presidente da República nas diferentes ilhas do País.