Janine Lélis falava na sessão solene de comemoração do Dia do Município do Sal, assinalado esta sexta-feira, em representação do Governo, perante Salão Nobre bem composto por munícipes, presidentes de câmaras geminadas, nacionais e estrangeiras, e eleitos municipais.
“Nós acreditamos que para além do turismo que está em fase de consolidação, temos que continuar a buscar o caminho da diversificação da actividade económica transformativa que, a ser realizada, poderá fazer do Sal, a primeira ilha a se libertar da pobreza”, almejou a governante, que é natural desta ilha.
Segundo a também ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares é um projecto alcançável e com potencial para transformar toda a ilha numa “comunidade de vontades” a partir da qual se edifica o Cabo Verde que se almeja.
Compreende, entretanto, que há que continuar a apostar no incremento de infraestruturas económicas e produtivas em “quantidade e qualidade” de modo a alargar a sua base económica e depender, cada vez menos, da importação das outras ilhas ou do exterior, de produtos e serviços, cuja produção esteja ao seu alcance.
“É uma meta que podemos atingir. Sem descorar que os desafios podem ser ultrapassados numa parceria estratégica entre o Governo, autoridades municipais e o sector privado”, realçou, afirmando que o executivo, ciente das lutas, está a trabalhar para vencer os desafios que a ilha enfrenta, nomeadamente a nível da saúde, da qualificação da sua oferta turística, entre outras preocupações.
“Continuaremos a trabalhar com o município do Sal, da mesma forma que temos feito com todos os outros municípios para que juntos continuemos a desenvolver o nosso País, sempre num claro sentido de complementaridade”, concluiu Janine Lélis.
O presidente da Câmara do Sal, Júlio Lopes, sublinhou, por seu lado, que é “visível” a transformação que está a ocorrer na ilha, resultado, conforme enfatizou, de um modelo de governação “mais adequado possível”, virado para as pessoas e “eminentemente social”.
“Como diz o ditado popular, contra factos não há argumentos. O nosso modelo de governação é um triângulo: parceria do governo central, institucional, amizade, amor, parceria financeira, e uma grande proximidade com a população do Sal”, precisou o autarca, reiterando que esta câmara trabalha de forma “transparente e organizada”.
Júlio Lopes concluiu, destacando um pacote de obras que vão ser realizadas no Sal, cujo montante ultrapassa os 500 mil contos, desde a asfaltagem das vias estruturantes da cidade de Espargos e Santa Maria, criação de espaços verdes, centro infantil, entre outras.
“Nós fazemos aquilo que o povo pede… com maior ou menor rapidez. Como criticar alguém que faz aquilo que o povo quer”, questionou.
Também, na sua comunicação de ocasião, o presidente da Assembleia Municipal, Nuno Lopes, referiu que o momento “é oportuno e inevitável”, para se fazer uma reflexão profunda sobre o caminho percorrido, os sucessos e fracassos, as potencialidades e vulnerabilidades, as perspectivas e desafios do futuro.
“Numa retrospectiva ao processo de desenvolvimento ressalta um número grande de ganhos nos diversos sectores. Por outro lado, somos conscientes que temos um conjunto de desafios a vencer sobretudo no combate à pobreza, e potenciar mais os nossos recursos”, considerou.
Ao fazer essa leitura, Nuno Lopes concluiu, que há um “árduo e longo” caminho a percorrer em matéria do desenvolvimento socioeconómico, no sentido de garantir melhores condições de vida e felicidade aos munícipes.