A posição de Artur Correia foi manifestada hoje através de uma publicação na sua página do Facebook.
“Neste momento, felizmente, já não existe espaço técnico (nem de natureza sanitária, nem de outra) para a continuação das medidas restritivas que vimos adoptando, há alguns meses. Após mais de um ano de pandemia, com as consequências sanitárias, sociais e económicas conhecidas, e após a introdução da vacina, há que repensar as medidas a serem adoptadas, de modo a se retomar a vida social e económica, sem pôr em causa os ganhos conseguidos”, começou por escrever.
Conforme defendeu, o país “não tem condições de ficar eternamente” em confinamento. Neste sentido frisou que a vacina é um instrumento importante na prevenção e controlo da epidemia e que pode ser utilizada como uma exigência, em vários sectores estratégicos e de risco, no contexto da retoma, mas, também, como alternativa aos testes, na mobilidade entre as ilhas.
A utilização de máscaras na via pública e em espaços fechados, apontou, diminui os riscos de transmissão e de infecção e, portanto, deve continuar.
Segundo Correia, é necessário continuar as medidas de protecção, de prevenção e de controlo, uma vez que facilitarão a eliminação inteligente das restrições existentes. No seu entender, a ponderação e inteligência emocional são exigidas a todos os decisores, neste momento.
“Ademais, podemos regressar às medidas restritivas, sempre que necessário, tal como tem acontecido em muitos países”, sugeriu.
De acordo com os dados oficiais, o país contabiliza 465 casos activos de COVID-19, 32.808 casos recuperados, 298 óbitos, 12 óbitos por outras causas e 9 transferidos, perfazendo um total de 33.592 casos positivos acumulados.
No passado dia 15, o Conselho de Ministros decidiu avançar para mais um período de situação de calamidade em todo o país, apesar da redução do número de casos.
Desta forma mantém-se todas as restrições que tinham sido colocadas em vigor quando o governo anunciou a anterior renovação da situação de calamidade. Cafés, bares e esplanadas têm de encerrar até às 21h00 enquanto os restaurantes devem fechar portas às 23h00.
Também no acesso às praias de Quebra Canela e Prainha, na capital, se deverão manter os horário de acesso estabelecidos no período de situação de calamidade anterior e que previa horários de acesso entre as 06h00 e as 10h00 e entre as 16h00 e as 18h00.