Através da sua página de Facebook, Ulisses Correia e Silva começou por referir que, tendo em conta que o país tem uma população jovem, as exposições às pandemia COVID-19 ficariam minimizadas em termos do número de mortos.
“As incidências a nível global assim o demonstram. Mas, esse facto não nos pode deixar sossegados e nem indiferentes, antes pelo contrário, é necessário proteger os grupos de risco, os idosos, por serem mais vulneráveis às consequências da COVID 19, ou seja, a probabilidade de morrerem é elevada”, apelou.
Para o Chefe do governo, o facto de cerca de 33 mil pessoas terem mais de 65 anos de idade, mostra que há muita gente exposta ao perigo e basta esse número, para justificar a necessidade de todos e, principalmente dos mais jovens, cumprirem as regras de protecção sanitária, de confinamento e de distanciamento social, para não infectarem os mais idosos.
“Quando muitos jovens se infectam, a probabilidade de infectarem os idosos aumenta. Aqui em Cabo Verde o nosso problema não está nos lares de idosos como assistimos na Europa, mas nos contactos a que os idosos são expostos por falta de cumprimento das regras por parte daqueles que são mais novos”, escreveu.
Com a declaração do estado de contingência a 18 de Março, prosseguiu Ulisses Correia e Silva, as visitas aos lares de idosos foram proibidas, os centros de dia foram encerrados e cuidados e assistência alimentar a idosos passaram a ser feitos nas suas casas, para reduzir a exposição aos riscos de contágio.
“Não há super-homens e super-mulheres face à COVID 19. Os mais jovens e os mais saudáveis devem proteger-se e proteger os idosos e os menos saudáveis. E a melhor forma de se protegerem e protegerem os seus pais e avós, é cumprirem as regras: ficar em casa, evitar ajuntamentos de pessoas, manter distanciamento, lavar as mãos frequentemente e usar máscaras”, apelou.
Cabo Verde regista até este momento 186 casos, sendo 127 na ilha de Santiago (124 na Praia, dois em Tarrafal e um em São Domingos), 56 na Boa Vista e três em São Vicente.