Os dados indicam que cerca de 11.119 agregados familiares precisam de uma casa neste momento, o que corresponde a 8,7% do total dos agregados. Até 2030, serão necessárias mais de 26 mil novas habitações, com uma média anual entre 1.700 e 2.000 novas unidades.
A nível dos agregados familiares, as ilhas do Sal, com 20%, da Boa Vista, com 16,3% e de São Vicente são as parcelas do território com maior défice habitacional em termos percentuais face à população residente nesses territórios. Em termos absolutos, verifica-se que a ilha de Santiago é a que tem maior número de agregados familiares em situação de défice habitacional, com falta de 4.611 agregados. Segue-se São Vicente, com 2.762 fogos habitacionais de défice, e a ilha do Sal, com 1.666.
Os dados revelam que as carências habitacionais não devem ser definidas de forma idêntica.
O estudo deixa, por isso, uma série de recomendações, a nível de incentivos financeiros ou fiscais, de fiscalização, financiamento habitacional, envolvimento das empresas nacionais na construção, planeamento urbano e dos planos de loteamento das câmaras.
A elaboração do estudo, ao longo de dois anos, contou com a assistência técnica da ONU Habitat, o apoio do Instituto Nacional de Estatísticas e do Instituto Nacional de Gestão do Território.