No documento, as forças de segurança afirmam existir feridos, mas não confirmam o registo de mortes.
"Estamos conscientes de que criminosos armados estão a resistir no hotel e que as forças especializadas estão a expulsá-los. Ainda assim, lamentamos informar que há feridos no ataque e estamos num processo de confirmação de números e tipos de ferimentos ocorridos", lê-se no comunicado assinado pelo responsável da polícia nacional do Quénia, Joseph Boinnet.
O chefe da polícia queniana acredita que se pode tratar de "um ataque terrorista", e apela à população que permaneça calma.
Segundo Boinnet, a polícia está a tentar "normalizar a situação no mais breve tempo possível".
À Associated Press, um dos primeiros membros das forças de segurança a chegar ao local disse que "não houve tempo para contar os mortos, mas é verdade que há mortos", tendo observado corpos em várias zonas do complexo.
Vários hospitais e instituições - como o Serviço Nacional de Transfusão de Sangue do Quénia (KNBTS, na sigla inglesa) - começaram a apelar para um aumento das doações de sangue.
"Estamos a pedir aos quenianos que doem sangue para aqueles que ficaram feridos no ataque", escreveu o KNBTS na plataforma Twitter.
A presidência queniana pediu à população que não partilhe vídeos dos ataques, por considerar que "ajudam aqueles responsáveis por tais atrocidades".
No início da tarde, um complexo de luxo em Nairobi, foi alvo de um tiroteio e de uma explosão, com as testemunhas e a polícia a considerarem que se trata de um "ataque terrorista", cuja autoria foi já reivindicada pelo grupo extremista somali al-Shabab.
O complexo, que inclui um hotel de luxo e serviços como bancos e escritórios, foi evacuado depois dos primeiros relatos de um ataque e de veículos incendiados.
"Enviámos agentes para o local, incluindo a unidade antiterrorista, mas até agora não temos mais informação", referiu à imprensa o porta-voz da polícia local, Charles Owino.
Um aparente grupo de segurança à paisana entrou no local, empunhando armas e verificando o complexo, loja a loja.
O ataque já foi reivindicado pelo grupo extremista somali al-Shabab, através da sua estação de rádio Andalus.