A primeira exibição está prevista para o dia 1 de Dezembro, em São Lourenço dos Órgãos, município que acolheu a gravação deste trabalho. No dia 8 a peça será apresentada em Assomada, 15 na cidade da Praia, 22 em Tarrafal, 29 em Santa Catarina, 5 de Janeiro na Calheta de São Miguel e 12 de Janeiro em São Domingos.
Trata-se de uma peça inspirada no texto bíblico “Lucas 15 Versículos 11 a 32”, que fala do “Filho Pródigo”. Neste texto, o filho mais novo pede a sua parte da herança aos pais e, assim que a recebe, vai viver noutro lugar, longe da sua família. Em pouco tempo, ele fica sem um tostão porque gastou tudo em festas onde consumia álcool, droga e recorria a serviços de prostituição.
Segundo Tikai, o objectivo desta peça é sensibilizar os jovens e a sociedade em geral da importância da família nas suas vidas e advertir para nunca gastar dinheiro em coisas desnecessárias ou que prejudicam a saúde e a vida.
Dois anos após o lançamento oficial da peça, e várias digressões em formato de projecção de filme, Tikai disse-se satisfeito com o feedback.
“Durante esses dois anos fizemos cerca de 50 projecções, seja em Cabo Verde nomeadamente, nos sete concelhos da Ilha de Santiago excepto na Cidade Velha e na Calheta de São Miguel. Estivemos nas Ilhas de São Vicente, Boa Vista, Maio, Fogo e Brava. Também apresentamos o filme na nossa diáspora, estivemos em Portugal, França, Suíça, Luxemburgo, Holanda e Estados Unidos da América”, conta.
Conforme o actor, o filme foi disponibilizado há seis meses no Youtube e neste momento já tem certa de 300 mil visualizações. “Para nós é gratificante. Também participámos no ano passado (2018), no Festival Internacional do Cinema da Praia".
Tikai avisa que este é seu último filme porque pretende dar continuidade os seus estudos.
Questionado se o nosso teatro está de boa saúde, o actor responde que sim, dizendo que temos neste momento vários grupos em Cabo Verde, e que o Mindelact tem vindo a fazer um excelente trabalho nesta área.
“Mas se falamos do teatro verdadeiramente cabo-verdiano ainda temos muito trabalho pela frente, porque não há uma política clara no sentido de apoiar os grupos”, afirma.