O ministro falava esta quarta-feira, na conferência de imprensa de apresentação da edição 2019 do evento que acontece de 27 de Novembro a 1 de Dezembro, no Mindelo.
"O trabalho foi concretizado com sucesso pela URDI e o processo de regulamentação não é só um processo que também inclui certificação, inclui um sistema de segurança social, sistema de reconhecimento dos processos manuais ancestrais do fazer o artesanato e tem como meta final garantir a sustentabilidade do artesanato como sector, isto é extraordinariamente importante", assegura.
Abraão Vicente destaca o trabalho feito na criação de condições para dignificar a classe artesã.
"O trabalho feito pelo CNAD é absolutamente estruturante. Se em 2015 o Ministério da Cultura publicou uma lei que abriu o quadro para a regulamentação, só agora a lei base de 2015 tem o conteúdo que são os processos de certificação, de regulamentação, o manual do artesão, que será lançado no âmbito da URDI”, indica.
"Gostaríamos de apresentar este URDI como uma URDI de transição, não só pelo equipamento que no próximo ano vai receber a URDI, mas também como o ano em que entre esta edição e a próxima fechamos o quadro de regulamentação e criação de condições de dignificação da classe trabalhadora ligada ao artesanato", acrescenta.
A 4ª edição da URDI é projectada em torno do tema “Música – Poéticas Visuais”.
O director do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD), Irlando Ferreira, destaca o trabalho feito e em curso para a consolidação da URDI.
Uma aposta que, segundo o responsável, se traduz no aumento anual do número de inscritos.
"Todos os anos aumentamos o número de participantes e, possivelmente, este ano será necessário fazer alguma selecção por causa do aumento das inscrições, o que mostra que o evento faz sentido para o sector", afirma.
Os municípios da Boa Vista e do Maio são os destaques da edição. Para além dos expositores nacionais, deverão chegar ao país participantes de Angola, Bélgica, Brasil, Espanha, Guiné-Bissau e Portugal.
No âmbito da edição 2019 está a decorrer o concurso “REPIKÁ, a música como matéria criativa”. Os trabalhos seleccionados serão exibidos no salão “Created in Cabo Verde”.
Também no salão, sob o lema “ritmos e formas”, a URDI homenageia o mestre Batista, falecido em Dezembro de 1997, “pelo contributo e legado que deixou na arte de construção de instrumentos de cordas”.
A Food Design também vai marcar presença na Praça Nova, palco principal da Feira Nacional de Artesanato e Design de Cabo Verde, através do piquenique, uma iniciativa que passa pela recuperação da essência dos sabores tradicionais, como a ‘frisquinha’.